Como ir ao dentista em época de Covid-19?

O novo coronavírus afetou substancialmente a vida da população mundial, profissionais de todas áreas estão tendo que se reinventar por causa da pandemia Covid-19.

Existe sim, o grupo que representa sofrer mais riscos de contaminação para com o novo coronavírus. Idosos, pessoas com problemas crônicos e respiratórios são as mais sensíveis. No entanto, a verdade é que todas as pessoas estão propícias a serem um alvo da doença.

Mas mesmo em meio ao presente caos que vivemos, nós precisamos nos cuidar, a ida em algum momento a uma consulta médica acaba sendo inevitável. Assim também é para com os nossos dentes, em algum momento precisaremos ir ao dentista, pois temos que cuidar de nossa higiene bucal.

E como ir ao dentista em época de Covid-19? Como estão atendendo os consultórios odontológicos no Sítio Cercado e em Curitiba? Estão fechados, realizam atendimentos emergenciais? Como está sendo adaptação desses profissionais a essa nova realidade?

Conversamos com alguns dentistas, por meio de telefone e WhatsApp, para nos ajudar a entender como está sendo processado o trabalho nesse momento tão complexo e delicado.

Curitiba vive, assim como o mundo inteiro está vivendo, dias de isolamento social, quarentena força pelo novo coronavírus. Mas mesmo com todos esses problemas, ir ao dentista não deixa de ser fundamental para se manter uma boa saúde e higiene bucal.

Como ir ao Dentista em época de Covid-19

O Dr. Allan Tiago Pizzamiglio explica que muita coisa mudou após o início da pandemia e do Isolamento social. “Adotamos todos cuidados e medidas preventivas para nós e claro, para os pacientes. Todas normas e precauções possíveis estão sendo tomadas. Reduzimos o número de agendamentos para evitar aglomerações, no máximo que atendemos são três pacientes e com o distanciamento recomendo para evitar contato”.

Pizzamiglio conta que todos os protocolos possíveis estão sendo executados,”fazemos todo um trabalho de higienização, desinfectamos as cadeiras, mesas, os equipamentos de proteção individual, buscamos ao máximo cumprir com o que está sendo recomendado para não fazermos partes das estatísticas de infectados”, disse.

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“Intervenção cirúrgica, que pode contribuir para deixar o paciente com a imunidade baixa, não estamos realizando – Drº Allan Pizzamiglio – Foto acervo Pessoal.

O dentista que atende em um consultório ortodôntico no Jardim das Américas em Curitiba, argumentou também, que, alguns procedimentos considerados de riscos e mais delicados, que exigem mais cuidados para com a saúde do paciente, estão sendo evitados. “Intervenção cirúrgica, que pode contribuir para deixar o paciente com a imunidade baixa, não estamos realizando, ao menos nesse período. Trabalhamos com os procedimentos emergenciais sim, mas sem um alto grau de comprometimento para não pôr o paciente em risco”, afirma.

Uma outra recomendação passada por Allan Pizzamiglio aos pacientes é quanto ao acompanhamento, “sempre sugerimos que, se o paciente puder ir só para a consulta, para o atendimento, será melhor e mais seguro para todos, pois também é uma forma para se evitar a aglomeração”, conclui.

Já em outra extremidade da cidade de Curitiba, na região sul da Capital, o Covid-19 também influenciou nos trabalhos dos profissionais da saúde bucal.

Dentista no Sítio Cercado mudanças no atendimento

A Drª Bibiana Kleinschmidt do Valle, fala das mudanças na clínica dentaria que atua no Sítio Cercado. “Sabemos que o atendimento odontológico apresenta alto risco de contaminação e disseminação do vírus, por isso, os nossos padrões de biossegurança foram reforçados e são utilizados com todos os pacientes, pois qualquer pessoa pode estar potencialmente infectada”, disse.

A dentista explica ainda que os tratamentos que não exigem urgências foram suspensos no intuito de evitar o acumulo de pessoas de forma desnecessária. “Atendimentos eletivos foram suspensos temporariamente, para evitar contaminações e aglomeração. Preconizamos os tratamentos de urgência e emergência, seguindo as normativas municipais, estaduais, federais e o Conselho Federal de Odontologia (CRO)”.

Assim como o Dr Pizzamiglio, Bibiana explica que antes de marcar o atendimento e a consulta do paciente, primeiro faz-se a triagem, presencial ou por telefone.

O paciente é questionado se apresenta sintomas gripais, se teve contato próximo a alguma pessoa que apresentava. Após descartado a suspeita de contágio, define-se o atendimento de acordo com a necessidade do tratamento.

Como ir ao dentista em época de Covid-19?
“Está finalidade é parar evitar aglomeração na sala de espera. Acompanhantes se vierem, assim, como os pacientes, devem vir com máscara – Bibiana Kleinschmidt do Valle – Foto Arquivo Pessoal

Segundo a dentista, que atende no Sítio Cercado, se o procedimento é eletivo, posterga-se. E se for emergencial, aconselha-se que vá sem acompanhante até ao consultório.

“Está finalidade é parar evitar aglomeração na sala de espera. Acompanhantes se vierem, assim, como os pacientes, devem vir com máscara, fazer assepsia das mãos ao entrar no consultório e manter a distância de pelo menos um metro entre das outras pessoas”, informa.

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Esclarece também que devido ao Covid-19, viu-se na obrigação de alterar a agenda quanto aos atendimentos. Os intervalos entre um cliente e outro ficou com um espaçamento de tempo maior. Essa medida, segundo ela, é para que possam fazer uma desinfecção rigorosa do consultório (maçanetas, cadeiras, sala de atendimento e banheiro) e também a troca dos Equipamentos de Proteção Individual e desinfecção do profissional.

Bibiana ainda apontou, o aumento que considera abusivo nos equipamentos que usa para o trabalho, “uma caixa de máscara cirurgia que antes custava R$ 6,99, em janeiro, agora, está custando em média R$ 200,00, por exemplo”.

Tentamos contato com o Procon no intuito de sabermos se já houve alguma denúncia do que foi informado pela Drª, quanto o aumento de que considera abusivo nos preços dos utensílios que utiliza para o trabalho. No entanto, todas as nossa tentativas de contato por meio do telefone disponível no site do Procon, foram frustradas, acreditamos que, também, seja mais uma das peripécias do novo coronavírus.

No entanto, de acordo com a advogada Raquel Riffel, se comprovado o abuso excessivo, o Procon pode primeiramente notificar o estabelecimento e caso não haja uma correção, normas mais rígidas serão adotadas, “o Procon notifica o estabelecimento quanto ao abuso dos preços, devendo este tomar as medidas cabíveis para a redução, caso não haja correção, poderá haver a autuação do estabelecimento, com aplicação de multa e, em casos mais extremos, medidas mais severas como a interdição do estabelecimento poderão ser adotadas”, afirma.

Riffel esclarece que, para o Procon tomar as devidas providências, o consumidor deve denunciar o estabelecimento que realiza o abuso. “O consumir deve denunciar os estabelecimentos anexando a denuncia, o cupom fiscal do produto adquirido. As práticas abusivas de elevação dos preços sem justa causa é vedada pelo Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90), conforme a previsão do artigo 39 inciso X da referida Lei.”, finaliza.

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