Vina Maria da Silva, nasceu na cidade de Goioerê, um pequeno município localizado no noroeste do estado do Paraná. O município está à 530 quilômetros da capital do estado, Curitiba. O comércio e a agricultura são o que movimentam economia da região. É de lá a origem da nossa personagem na história de hoje.
Mas por que resolvi contar à história da missionária Vina, como popularmente é conhecida? Vou contar a história dela, pois ela é mais uma daquelas pessoas anônimas, mas ao mesmo tempo famosas, que quando alguém precisa de ajuda ou qualquer tipo de auxílio, sabe aonde recorrer. Responda para a seguinte pergunta: Não é bom a gente ter em nossa vila, bairro, cidade, no lugar onde moramos, alguém com quem possamos contar? Então, a missionária Vina, na Vila em que está inserida, é esse alguém! ela é o “Alguém” que faz a diferença na pequena e humilde Vila Pantanal, no Alto Boqueirão.
Vamos falar um pouco sobre a missionária. Só de Curitiba, ela tem mais de 40 anos, chegou na capital do estado na flor da vida, aos 19 anos, se estabeleceu, construiu família, fez amigos e amigos importantes! Um desses amigos inesquecíveis e que marcaram a vida de Vina de forma positiva , foi a saudosa missionária Amélia. “Ela foi uma pessoa que me ajudou muito, foram dois anos de convivência, partilhando do mesmo chamado, com ela aprendi muitas coisas e também aprimorei o trabalho social em prol de nosso semelhante”, conta a Vina emocionada ao lembra da amiga.
O carinho e lembrança por Amélia, vão além das palavras. Todos os anos, no eventos que realiza, Vina faz menção ao trabalho iniciado pela saudosa missionária. “Eu estou apenas dando continuidade a um trabalho que ela começou. Na verdade, o trabalho é de Jesus e nós só recebemos o chamado para levar a obra adiante, e fico feliz de ter compartilhado com uma pessoa tão cristã o “Ide do senhor”, destaca.
“Apenas dou continuidade ao trabalho da missionária Amélia”
O trabalho missionário de cunho social era desenvolvido por Amélia, em outra região de Curitiba. E, chegou até a humilde, carente comunidade da Vila Pantanal, no Alto Boqueirão, por meio da missionária Vina, que vai dando continuidade a obra iniciada pela amiga. “Estou aqui já há mais de quatro anos, trabalhando e ajudando as pessoas de nossa Vila na medida do possível”, disse.
A comunidade é uma localidade muito carente, repleta de gente trabalhadora, humilde, mas que tem esperança num amanhecer melhor. Um dos moradores da região que pediu para não ser identificado, falou sobre o trabalho que Vina realiza. “Ela é um anjo de Deus para nossa humilde vila, todas as pessoas que pedem por sua ajuda, ela sempre dá um jeito de atender”.
Perguntei a missionária se ela sabe a importância dela na humilde região e ela respondeu-me,”as pessoas vão até a minha casa e me pedem ajuda, eu apenas ouço a voz de Jesus em meu coração e tento ser útil no que é possível”.
No entanto, o trabalho social desenvolvido de forma peculiar pela missionária, não se resume em pedidos de ajuda ocasionais. Todos os dias, praticamente, ela recebe em seu portão pessoas que procuram por seu auxílio, “por meio de doações e ajuda que solicito as demais pessoas, conseguimos reconstruir uma casa de uma família que acabou sendo incendiada, eles vieram até mim, pediram ajuda e eu fui buscar recursos, graças a Deus teve pessoas bondosas que que foram solidárias”, ressalta.
Vina contou ainda que pretende ampliar o trabalho. “Assim como a irmã Amélia fazia , também quero poder ajudar os moradores de rua, consegui comprar as panelas para fazer as marmitas para levar para os famintos e menos afortunados”, disse.
O Trabalho Com as Crianças
Mas é com a criançada que Vina mais se destaca, na própria casa, ela criou uma escolinha, onde atende todos os dias, um número total de 30 crianças. No espaço improvisado, as crianças recebem alimentação, realizam atividades e praticam inúmeras brincadeiras. Num dos quartos da casa, ela criou uma sala de aula improvisada, no espaço ela também ministra o ensino sobre Jesus. “Aqui neste quarto, improvisei esses bancos com caixotes e os cobri com cobertores para que elas possam se sentir mais confortáveis”., explica.
“Meus irmãos motoqueiros / roqueiros”
No ano passado, uns amigos de Vina que ela classificou como: “Meus irmãos motoqueiros – roqueiros”, promoveram um show beneficente para ajudá-la com donativos para crianças. Segundo a missionária ,do evento veio muitos brinquedos, roupas e caixas de bombons que foram entregues as crianças na Páscoa.
Máquina de algodão doce no lugar da cama
Esse ano, a missionária que deixou de comprar a própria cama para dormir e assim, adquirir uma máquina de fazer algodão doce para dar as crianças, ainda não sabe como vai se virar para tentar alegrar a Páscoa dos pequeninos. “Infelizmente, não consigo dar conta de comprar tudo, não tenho muito recurso, portanto, toda ajuda que vier será muito bem vinda”.
Ao finalizar a nossa conversa, fiz para ela seguinte pergunta: Missionária, o que a senhora espera receber em troca em prol desse trabalho voluntário que realiza? “Não espero receber nada em troca em prol desse trabalho que realizo. Pois, o que faço, o faço por amor. Um dia, assim como a minha saudosa irmã Amélia, deixarei de existir nesse mundo também e não vou levar nada para o túmulo. Portanto, quero dedicar o melhor de mim para ajudar o meu próximo, e o meu maior pagamento é ver a felicidade, o sorriso no rosto de cada um que pude auxiliar”, finaliza.
Se você pode e quer ajuda a missionária Vina com o projeto social, fale com ela por meio do WhatsApp: 41 99801 – 3370, pelo perfil do do Facebook – Vó Vina. Também tem a Fan Page: Vovó Criança. Por esses canais você pode obter mais informações de como pode contribuir com o trabalho social e “solitário” que a missionária Vina vai dando continuidade.
Por: Márcio Rodrigues